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A fábrica de criar histórias

A imaginação vira realidade na Fabriqueta de Histórias, oficina que dá a oportunidade de crianças e jovens desenvolverem a escrita criativa, a partir da produção de um livro coletivo.
O projeto é desenvolvido por Josephine Bourgois, francesa radicada no Brasil, e já promoveu quatro oficinas, cada uma delas com cinco encontros, um por semana. Após este período, os alunos têm um livro pronto. Três dias são dedicados à escrita, um dia é voltado à ilustração e o último dia é reservado à impressão e seção de autógrafos.

Antes disso tudo, claro, é necessário escrever o livro. O processo se inicia quando os alunos chegam no espaço da Fabriqueta, onde Josephine se reúne com o autor ou a outora, e juntos decidem um ponto de partida para a obra. Na primeira oficina realizada, o pretexto comum a todos os alunos foi baseado em uma notícia sobre os objetos mais insólitos encontrados em achados e perdidos. Após, foram compradas miniaturas desses objeto, como crânios e armaduras medievais, e então era escolhido um ponto de vista: o de quem perdeu o objeto, o próprio objeto ou um outro da caixa que ficou com “ciúmes” do que foi resgatado.

A partir de uma ideia em comum, cada aluno escreve seu texto, e este fará parte da produção coletiva. No último encontro, será dada origem ao livro. Nas três aulas dedicadas à escrita, a ideia é que os alunos consigam desenvolver ao menos duas versões do texto. Então, Josephine e os parceiros que a ajudam no projeto, fazem o papel de editores, revisando o texto das crianças e apontando questões que elas apresentam dificuldades.

Com quatro oficinas realizadas, Josephine conseguiu o apoio de diversos autores para acompanhar e incentivar as atividades dos alunos. Antonio Prata, Estevão Azevedo, Noemi Jaffe e Andrea del Fuego são apenas alguns dos nomes que acreditam no projeto. A proximidade com os autores, segundo a francesa, tem três propósitos básicos: inspirara os alunos com a trajetórias dos escritores. Depois a ideia de provar que o mundo da literatura é de carne e osso, derrubando a mística de que só pode escrever quem sabe escrever bem. O terceiro propósito é oferecer a possibilidade do autor ajudar no processo de escrita do livro.

Fontes:
http://porvir.org/alunos-escrevem-publicam-livro-coletivo-em-oficina/